MBAC tem prejuízo de US$ 56 milhões no 1º semestre

A MBAC Fertilizers, que tem a Itafós Mineração como subsidiária, registrou prejuízo líquido de US$ 56 milhões no primeiro semestre deste ano. A fábrica de fertilizantes fosfatados da mineradora, em Arraias (TO), está paralisada e em manutenção desde o início do ano. 


A MBAC demitiu cerca de 400 empregados e possui processos trabalhistas que chegam a R$ 51 milhões.


O prejuízo do segundo trimestre é bem superior ao US$ 1 milhão registrado no mesmo período no ano passado. 


Segundo a mineradora, os números de janeiro a junho foram impactados, em especial, devido a despesas financeiras de aproximadamente US$ 19,5 milhões, perda com variação cambial de US$ 17,6 milhões e despesas de US$ 12,8 milhões para paralisar e colocar a operação da Itafós em manutenção, incluindo US$ 10,3 milhões de depreciação.


Excluindo os impactos com variação cambial, a MBAC teve um prejuízo líquido de US$ 35,9 milhões no primeiro semestre ante US$ 13,4 milhões do mesmo período no ano passado. As informações são do relatório de resultados trimestrais, publicado hoje (17), com atraso, pela mineradora canadense.


A MBAC passa por um processo de revisão estratégica desde o início do ano, em que visa vender a própria empresa, os ativos no Brasil ou firmar parceria estratégica para retomar as operações. 


Em julho, a mineradora informou que recebeu uma proposta de um fundo de investimentos do segmento de fertilizantes referente à revisão estratégica, mas não especificou se a oferta era para aquisição ou parceria.


Na semana passada, a Justiça do Trabalho penhorou os bens da Itafós Mineração para garantir o pagamento das verbas rescisórias dos quase 400 empregados demitidos. Um leilão para a venda dos ativos, avaliados em US$ 2,7 milhões, foi marcado para o dia 3 de setembro.


Será a segunda vez no ano em que a Justiça tenta leiloar os ativos da Itafós. O primeiro leilão, marcado para 30 de junho, foi cancelado graças a uma liminar da MBAC expedida em 15 de julho.


A mineradora disse que vai seguir trabalhando para impedir a realização do leilão, tendo em vista que os ativos são parte de um pacote de garantias da empresa com seus credores referente ao financiamento para a construção da operação de Arraias (TO).


A MBAC Fertilizers possui entre os principais acionistas a B&A Mineração, que tem como sócios o executivo Roger Agnelli, que foi presidente da Vale até 2011, e o banco BTG Pactual, do empresário André Esteves. 


A B&A possui aproximadamente 18,171 milhões de ações da MBAC, o equivalente a 11,95% de participação.


Fonte: Notícias de Mineração Brasil