Imagens mostram suposto material de estudantes Kalungas estocados em Campos Belos. Subsecretaria de Educação tem que responder




Há quinze dias estamos expondo e dando publicidade a uma demanda sobre a não distribuição de itens escolares, cadeiras e bicicletas, que deveriam ter sido distribuídos a crianças e adolescentes kalungas, estudantes de escolas públicas, de comunidades remanescentes de afrodescendentes. 


Pelos menos quatro fontes tem nos passado as informações, que são de extremo interesse público e por isso estamos dando tanta atenção. 


O pior é que até agora, a subsecretaria regional de Campos Belos não foi capaz de expedir uma única nota explicativa sobre o assunto, convenientemente questionado pelos cidadãos e pessoas leigadas à educação das crianças kalungas. 


Um dever básico da administração pública é prestar contas à sociedade. Custa à subsecretaria esclarecer a problemática e enterrar de vez o assunto?


Nós estamos questionando porque o nosso país tem uma dívida quase impagável com os descendentes de escravos, que deram suor e sangue em prol da riqueza da nossa sociedade, e até hoje, mesmo depois de séculos, seus descendentes continuam no extrato social dos mais pobres e marginalizados em todos os cantos do Brasil. 


A única válvula de escape para essas pessoas saírem de um círculo vicioso de pobreza e falta de oportunidade é através da educação e do conhecimento. 


Só assim, cada individuo da comunidade, futuramente, poderá andar com suas próprias pernas e não depender de ajuda governamental. 


Por isso, o nosso compromisso com a comunidade kalunga tem quer ser mais atuante e incisivo.  


Agora recebemos imagens, que supostamente mostram carteiras escolares e bicicletas, que deveriam estar nas mãos da comunidade, mas estão estocadas em um canto qualquer da Administração Pública, esperando o quê, ninguém sabe. 


“Boa noite Dinomar Miranda, estou aqui para falar sobre uma matéria dos os alunos do Kalungas, que vc posto no seu blog alguns dias atrás. 


Foi feita uma entrega na Secretaria de Educação, no setor Aeroporto em Campos Belos-GO, que me parece pertencer aos Kalungas. 


Vi cadeiras e mesas escolares novinhas e embaladas nos fundo da mesma.


Além de carteiras e mesas, tem bicicletas que seria para alguns alunos que moram mais longe da escola.


Tenho notícia de que há bastante tempo que estão estocada no mesmo local, pegando chuva e sol.  Tenho algumas fotos para provar”. 


Até quando a subsecretaria vai continuar calada?  


Minha sugestão, como comunicador,  é simples: responda aos questionamentos da comunidade e depois, imediatamente, distribua, se for o caso, os materiais a quem de direito. 


Afinal, isso é dinheiro público, que seria melhor utilizado nas mãos de estudantes, ao invés de figuraram em qualquer estoque, se deteriorando com o passar do tempo.  


Estas imagens (de arquivo) mostram realidade da educação kalunga. 



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