Alto Paraíso de Goiás inspira alta costura na SPFW Inverno
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Desfile da grife Helô Rocha no prédio da Bienal,
no Parque do Ibirapuera
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Helô Rocha mudou. Mas essa mudança vem acontecendo desde seu último desfile para, enfim, no inverno 2016, a estilista estrear sua nova marca no quarto dia da São Paulo Fashion Week.
Saem o nome Têca e as estampas, entram texturas, a mistura de tecidos e o trabalho manual, que ganham as passarelas da nova Helo Rocha – sem acento mesmo.
O misticismo, assunto que também foi tema de sua última coleção, aparece de novo nesta estação. De uma viagem a Alto Paraíso (GO), saem os quatro elementos e os doze signos que norteiam todas as pecas. “Existe uma energia muito forte lá”, comenta a estilista.
Terra, fogo, ar e água são representados, respectivamente, por verde, vermelho, preto e branco. Para as temperaturas mais frias do ano, os tons aparecem terrosos e os tecidos mais pesados.
São rendas, telas, plumas, veludo molhado, couro de píton e bordados misturados em um trabalho de artesanato bem executado. Nem dá pra dizer, de longe, quantas técnicas e texturas existem em cada look. É preciso observar, tocar, sentir.
As peças ganham golas altas, cintura marcadas por cintos grossos – por vezes bordados nos próprios vestidos –, e mangas longas, em um shape batizado de “vitoriano tropical” por Rocha.
Os minicomprimentos (tanto em vestidos quanto em macacões) são uma bem-vinda surpresa da coleção, já que a marca apostava, majoritariamente, em longos fluídos.
Aqui, a camiseta básica aparece adornada com penas nos ombros e combinada com saia longa cheia de detalhes. A palavra minimalismo não existe no dicionário de Helô Rocha.
Os acessórios que chamam a atenção na passarela foram criados em parceria com Dani Martins, designer que a estilista conheceu na mesma viagem a Goiás. São cintos, bolsas e penas na cabeça que seguem o mesmo conceito da coleção.
Fonte: FOLHA SP