Diário do Poder: Demissão de general que criticou políticos provoca crise militar



Gerou um ambiente de insatisfação a determinação do ministro Aldo Rebelo (Defesa) para que o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, demitisse o general Antonio Hamilton Martins Mourão do comando Militar do Sul , além de transferi-lo para a Secretaria de Economia e Finanças do Exército, em Brasília.  


Fontes militares informam que pode haver desdobramentos do episódio na manhã desta sexta-feira (30).


A demissão é uma punição pelas declarações do general a oficiais da reserva, fazendo duras críticas à classe política e convocando os presentes para “o despertar de uma luta patriótica”. 


Para o lugar de Mourão irá o general Edson Leal Pujol, que estava na Secretaria de Economia e Finanças do Exército.


Com o novo cargo, eminentemente burocrático, o general Mourão perde a prerrogativa de falar para tropa. A decisão foi tomada depois de reunião do alto comando do Exército em Brasília, nesta semana. 


O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional questionou o ministro da Defesa sobre a fala do general, que teria dito que “ainda tínhamos muitos inimigos internos, mas que eles se enganavam achando que os militares estavam desprevenidos” e que teria feito uma provocação, incitando os militares ao dizer: “eles que venham!”.


Em claro desafio ao governo, como informou a coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder, o Comando Militar do Sul fez uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, primeiro militar a ser oficialmente considerado um torturador.


Esta postura do general Mourão acrescenta um ingrediente à crise política que o governo Dilma já vive. 


O Planalto havia deixado este assunto a cargo da Defesa porque não quer trazer mais esta questão para dentro do palácio.


Fonte e texto: Diário do Poder


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