De Arraias (TO): Edward Madureira é o Novo Secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Secretário com familiares em Campos Belos (GO) |
Ele vai reforçar o papel de inclusão social por meio da ciência
O engenheiro agrônomo e professor universitário Edward Madureira Brasil assumiu nesta sexta-feira (20) a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), ele aposta em atividades de popularização da ciência como formas de despertar o interesse da juventude pela área e espera ajudar a Pasta a levar soluções tecnológicas à sociedade.
“Trabalhar para que o mundo da ciência e tecnologia [C&T] chegue às pessoas menos favorecidas é uma das missões da Secis”, comentou Edward, após se reunir com o ministro Celso Pansera. “Pensamos em desenvolver espaços interativos para onde se consiga atrair cada vez mais jovens, porque acreditamos que isso possa fazer toda a diferença no futuro do nosso País.”
Para o novo secretário, a Secis pode contribuir no desafio de transpor à sociedade “toda essa massa de ciência gerada anualmente” no Brasil.
“Registradas [em patente] ou não, nós temos uma quantidade enorme de soluções tecnológicas para as diferentes atividades do ser humano, prontas e precisando chegar a diversos destinos”, disse.
“O papel do MCTI é articular essas ações e criar mecanismos para transformar esse conhecimento em benefícios para a população, como a tecnologia assistiva, que permite a pessoas com deficiência ter uma vida praticamente normal.”
Pertencente a tradicional família dos “Madureiras” de Arraias (TO), natural de Goiânia, Edward se graduou na UFG, onde cursou mestrado e doutorado em genética e melhoramento de plantas. Ele iniciou carreira em uma indústria de sementes de Goianésia (GO), na qual trabalhou por oito anos no desenvolvimento de variedades híbridas de milho.
Em 1994, ingressou na carreira docente, por concurso público, e, nos dois anos seguintes, já coordenava os estágios e o próprio curso de agronomia.
Eleito diretor da Escola de Agronomia em 1998 e 2002 e reitor da Universidade em 2005 e 2009, o novo titular da Secis deixou o segundo cargo em janeiro de 2014.
Crescimento
De 2006 a 2014 à frente da UFG, o ex-reitor acompanhou as políticas do Governo Federal de expansão das universidades.
“Quando eu assumi, tínhamos 13 mil estudantes de graduação, 1,5 mil pós-graduandos e 1,1 mil professores, 70 cursos de graduação e 30 de pós”, lembrou. “Na minha saída, chegamos a quase 25 mil alunos de graduação, 4 mil de pós e 2,5 mil professores, 150 cursos de graduação e mais de 70 de pós-graduação.
Isso tudo acompanhado de um crescimento em qualidade, com elevação de conceito dos cursos.”
Segundo Edward, grande parte da expansão ocorreu por meio da interiorização da Universidade.
Em 2006, a UFG tinha campi regionais em três municípios além de Goiânia, com um curso na cidade de Goiás (GO), sete em Catalão (GO) e sete em Jataí (GO). “Hoje, Goiás tem sete e cada uma das outras tem 25 graduações e sete mestrados. Jataí possui um curso de medicina em funcionamento e Catalão abre o seu no ano que vem”, comparou.
No período, a instituição abriu unidades em Aparecida de Goiânia (GO) e Cidade Ocidental (GO). “Ela cresceu, interiorizou e incluiu, com políticas de ação afirmativa.”
Na visão do secretário, o setor empresarial pode tirar maior proveito da expansão e interiorização das universidades e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia (IFs). “O Brasil criou um parque de produção de conhecimento e formação de pessoas difícil de ser visto em outra parte do mundo. Há uma capilaridade imensa.
A gente tem ali um potencial de geração de soluções que precisa saber como aproveitar”, apontou. “Uma das coisas que eu gostaria de fazer aqui no MCTI é justamente articular ações integradas em forma de redes, valendo-se da estrutura espalhada por aí.”
Edward ocupou por quatro vezes cargos na diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que presidiu de julho de 2010 a agosto de 2011.
Ele também foi presidente da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa) – “cujas variedades de cana-de-açúcar ocupam 65% da área plantada no Brasil” –, de 2012 a 2014, e da Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas (SBMP), de 2013 a 2015. Desde 2011, está à frente da Associação das Escolas de Ensino Superior em Ciências Agrárias dos Países de Língua Portuguesa (Assesca-PLP).
Ultimamente, o professor atuava em ensino, pesquisa e extensão e coordenava os trabalhos de implantação do Parque Tecnológico Samambaia, ao lado do maior campus da UFG, na capital goiana.
Em dezembro de 2013, ainda como reitor, ele inaugurou o Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), primeira unidade do empreendimento, com R$ 8 milhões de investimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).
“O CRTI se instalou e hoje está com uma demanda enorme por análises tecnológicas para empresas dos setores alimentício e farmacêutico”, contou Edward.
“A UFG acabou de acertar o arcabouço jurídico para o parque funcionar e, agora, busca ações para começar a atrair empresas e incubadoras para dentro dele.
O ambiente na Universidade está muito favorável.”
Fonte: Ascom/MCTI