Deu no G1: Enchente destrói casas e desabriga famílias kalungas em Cavalcante (GO)
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Mais de 110 integrantes da comunidade kalunga estão desabrigados em Cavalcante, no nordeste de Goiás.
Eles perderam as casas durante a enchente do Rio Prata, há quase uma semana.
Para evitar mais estragos e ajudar as famílias, que são formadas por descendentes de escravos que se refugiaram em quilombos, a região segue monitorada nesta quarta-feira (3).
O comandante da Operação Enchentes e Alagamentos da Defesa Civil, tenente-coronel Marcos Abraão Monteiro, informou ao G1 que a água subiu cerca de 10 metros e atingiu propriedades a mais de 100 metros de distância das margens dos rios. Ao todo, 24 casas foram destruídas no Quilombo Vão do Moleque.
Dos 112 desabrigados, 29 são crianças.
Monteiro explicou que, além das casas, a enchente levou plantações e animais. “Algumas pessoas perderam quase tudo.
Eles disseram que o rio enche com frequência, mas nunca tinham visto encher tão rápido e com tamanha força. Foi sem precedentes recentes”, declarou o comandante.
A cheia do Rio da Prata gerou estragos em vários pontos do município. Várias pontes caíram. A situação levou o prefeito de Cavalcante, João Pereira da Silva Neto (PTC), a decretar estado de emergência, na última sexta-feira (29).
“Está difícil a situação. Não dá nem para calcular os estragos, ainda não deu tempo de percorrer o município inteiro. Estou horrorizado”, declarou ao G1.
A Defesa Civil monitora a região à distância. Equipes da prefeitura seguem trabalhando no local e prestando assistência aos desabrigados.
As famílias que perderam as casas se abrigaram nas residências de parentes ou de outros integrantes da comunidade. Conforme o prefeito, ele está viabilizando com o governo estadual a liberação de verba para a construção de casas para os kalungas.
Os atingidos pela enchente estão recebendo mantimentos, roupas e remédios dos governos municipal e estadual.
Moradores da cidade também se mobilizaram.
No entanto, a população precisa de mais doações. “Estamos juntando e fazendo tudo que podemos, mas precisamos de mais ajuda. É um caso especial porque perderam até o que tinham para comer nos próximos meses”, disse o prefeito.
Fonte: G1


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