Brasil que não dá certo II: 100 famílias de Campos Belos sem eletricidade, em pleno ano de 2016
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Sou otimista por natureza. Mas tem horas que não dar mais para acreditar neste país.
Desculpe estar sendo duro nas palavras, mas há momentos que têm ser ditas.
Esta semana, provavelmente, a Comissão da Câmara deve passar a mão na cabeça do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e absolvê-lo.
Um camarada absolutamente corrupto.
E sabe por que passarão a mão na cabeça dele?
Porque este é o país do jeitinho. Um país de ladrões, de corruptos. Honesto por estas bandas são as exceções.
Aqui nesta terra de Santa Cruz todo mundo quer se dar de bem, até mesmo nas coisas mais banais, mas que expõe o nível de cultura endêmica da corrupção, como “dar um jeito” na fila do banco ou indicar um filho, através de um “amigo”, para um estágio em órgão público.
Sobre o “luz para todos”, ainda persiste no Brasil milhares de pessoas que ainda vivem no breu absoluto.
Em pleno ano de 2016, há famílias à base da lamparina.
E sabe por que? porque neste país só tem malandro querendo se dar de bem.
Fazem campanhas, do tipo “luz para todos”, mas a verba, a grana mesmo não chega na ponta da linha.
Ou por falta de gestão ou por malandragem mesmo.
Se têm famílias sem energia, significa que podem usá-las para tirar mais dinheiro dos cofres públicos, em nova campanhas de “Luz para todos”.
Entendem a malandragem?
Em Campos Belos, no nordeste de Goiás, região das mais pobres do estado, com um IDH baixíssimo e que deveria ser prioridade por parte dos gestores, a questão da falta de eletricidade, para muitas famílias, ainda é uma realidade nua e crua.
Quem mais sofre são os moradores das periferias e das zonas rurais.
Bem próximo da cidade, numa região que dá acesso à fazenda Rio de Pedras, depois do lixão, há pelo menos 100 famílias totalmente esquecidas, num breu absurdo, sem a tão sonhada eletricidade.
E se não tem luz, não tem água, não tem produção, não tem geração de renda.
Entende o círculo vicioso da pobreza?
Mas é isso que interessa aos malandros: manter o círculo vicioso da pobreza.
Os moradores contam que já fizeram o cadastro na Celg (Centrais Elétricas de Goiás) há anos e nada de o benefício chegar.
Aí quando chega o período eleitoral, as promessas ressurgem como num conto da fadas.
Mas tão logo os votos são depositados, as famílias caem em suas realidades de pobreza e de falta de cidadania por falta de um dos bens mais preciosos que o homem já inventou: energia elétrica.
E não adianta cobrar da Celg.
Entende, porque o Congresso está nessa “água podre”?
Entendem porque o Palácio do Planalto (mesmo com os “trabalhadores” no poder há 12 anos) se enterrou de vez no antro da corrupção e da safadagem?
Entendem porque a seleção brasileira só paga vexame mundo afora? entende porque o nosso país é um imenso potencial de riqueza e só fica na promessa?
Tudo por conta dele, do jeitinho, da malandragem, do “só se dá bem”, da endêmica corrupção, da falta de ética e da impunidade.
E os honestos, que já são poucos, carregam o piano para os malandros sempre se darem de bem.
Mas a paciência está se esgotando…