Câmpus da UFT de Arraias inicia curso de extensão para formação de estudantes quilombolas
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Quarenta estudantes quilombolas dos cursos de graduação da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Arraias, participam do curso de extensão Formação de Estudantes Quilombolas: Ancestralidade, Cultura, História e Identidade, que teve seu início no sábado (27).
O objetivo principal do curso consiste em fortalecer a identidade afrodescendente dos estudantes quilombolas do Câmpus Arraias/UFT e contribuir com a implementação da Lei 10.639, promulgada em 2003.
O curso aborda uma reflexão crítica relacionada à história e cultura africana e afro-brasileira.
O conteúdo abarca o estudo de história da África e dos quilombolas, a luta dos negros no Brasil, a cultura quilombola, o negro na formação da sociedade nacional, recuperando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes à História do Brasil.
“Estudar sobre a história dos africanos e afrodescendentes é importante para desconstruir a imagem negativa que está inculcada em nosso imaginário de um continente que só existem violência, pobreza e miséria e, na verdade, é um continente milenar riquíssimo, berço das grandes civilizações, com diversos países e culturas elaboradas.
Por isso, é necessário conhecer a história dos povos africanos que foram excluídos dos livros didáticos e reconhecer a beleza e a contribuição dos africanos na formação do povo brasileiro”, destaca a coordenadora do curso, professora Noeci Carvalho.
Para o acadêmico do curso de Biologia EaD da UFT, Lourivaldo dos Santos, e participante do curso de extensão, “esse ensino é importante porque apresenta uma base teórica capaz de propor uma dinâmica de debates para a reflexão sobre as relações raciais na formação social do povo brasileiro”, pontua.
O curso será oferecido em nove encontros, aos sábados.
A última atividade do curso culminará no mês de novembro com a Semana da Consciência Negra, com atividades culturais organizadas pelos estudantes, coordenação de assistência estudantil e professores.
Fonte: UFT