Complemento da notícia: operação contra fraudes de licitações em Posse (GO)



O Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Posse deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Pasárgada, realizada com o objetivo de cumprir mandados de condução coercitiva do ex-secretário de administração no Município de Posse, Armando Ayres de Araújo; do chefe da comissão de licitação do Prefeitura Municipal, Lindomar José de Oliveira; e do empresário Cledimar Bispo dos Santos. Contudo, apenas Lindomar José de Oliveira foi encontrado.


Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na empresa Clebispo Serviços Ltda ME e na Prefeitura Municipal de Posse. Segundo o delegado Eduardo Carrara, coordenador da operação, a empresa funcionava numa residência, sem nenhuma característica de atividade empresarial.


Conforme esclarece o delegado, o Genarc de Posse iniciou a investigação sobre a relação entre a Prefeitura e a empresa Clebispo há três meses, após denúncia anônima. 


A contratação da Clebispo para fins de vigilância em escolas e posto de saúde já havia sido objeto de CPI na Câmara municipal. 


Acredita-se que a empresa investigada tenha recebido mais de meio milhão de reais da Prefeitura Municipal de Posse.


A investigação apura crimes de peculato, falsificação de documento público, fraude em licitação e associação criminosa. Segundo Carrara, os documentos que poderiam atestar a idoneidade do contrato não foram encontrados na Prefeitura. 


“Uma servidora alegou que esses documentos foram enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas não encontrou nenhum comprovante desse encaminhamento”, conta o delegado. Por esse motivo, a mulher também foi ouvida, na condição de testemunha.


De acordo com a denúncia recebida, teria ocorrido fraude na Prefeitura Municipal de Posse – inclusive através de falsificação de documentos – com o objetivo montar processo licitatório, e efetuar o pagamento para a empresa investigada, sem que essa tenha prestado serviço qualquer serviço ao município. 


“Diretores da escolas que teriam recebido o serviço sequer ouviram falar dessa empresa”, explica Carrara.


Os investigados que não foram encontrados devem se apresentar para depoimento nos próximos dias. 


Na próxima segunda-feira (17), a Polícia Civil, solicitará ao TCM o envio dos documentos originais para exame grafotécnico, uma vez que funcionários que, supostamente, teriam participado da tomada de preços, não reconheceram a assinatura no procedimento. 


A operação contou com o apoio do Grupo de Elite da Polícia Civil do Estado de Goiás (GT3).


fonte: Polícia Civil de Goiás 

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