Sofrimento dos animais: McDonald’s comprará só ovos de galinhas fora da gaiola a partir de 2025

Não é de conhecimento da maioria das pessoas, mas pesquisas dizem que cerca de 95% dos ovos de galinhas que o mercado consome, todos os dias, nascem de um sofrimento inacreditável das aves.

E como poucas pessoas conhecem essa tragédia, inclusive de consciência humana, consomem ser dor no coração.

As galinhas poedeiras levam uma vida infernal e torturante na indústria da carne.

Segundo o site holocaustos animal, a maioria das galinhas utilizadas na indústria de ovos são alojados em galpões com um galo para cada 9 a 11 galinhas.

Até 10.000 desses animais são espremidos em galpões com cerca de 57 a 61 cm por ave.

Antes de chegar nas instalações de procriação, as aves podem ter tido seus bicos, esporas, cristas e às vezes até seus dedos cortados, para prevenir agressões. Esses procedimentos são realizados normalmente sem qualquer anestesia ou analgésicos.

95% das quase 400 milhões de galinhas poedeiras dos Estados Unidos são alojadas em baterias de gaiolas, às vezes empilhadas em até 7 camadas, nas quais são alojadas de 5 a 8 galinhas durante toda a duração da postura. As aves não podem esticar as suas asas, e mal conseguem se virar. Cada galinha tem menos espaço do que uma folha de papel A4.

Entre 60.000 a 100.000 galinhas são alojadas em cada galpão, e a maioria dos fazendeiros mantêm múltiplos galpões em uma fazenda. Essas condições geram comportamentos estereotipados e anormais, como falso banho de poeira, agressão e canibalismo.

Para reduzir a disseminação de doenças, e aumentar a produção de ovos, galinhas são alimentadas com ração aditivada com antibióticos.

Mesmo em operações do tipo “livre de gaiola”, aves ainda são debicadas e têm pouco espaço para ciscar. Esse tipo de instalação aloja de 10.000 a 50.000 galinhas em cada galpão, a maioria sem janelas.

Não existe definição legal para “sem gaiola” ou “criado solto”, e a maioria desses criadores ainda debica as suas galinhas. Menos de 1% das galinhas são alojadas em instalações do tipo “sem gaiola” ou “criado solto”.

McDonald’s comprará só ovos de galinhas


Nesta semana saiu uma notícia animadora, pelo menos para quem não gosta de ver o sofrimento de animais.

A Arcos Dorados, que detém direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias de restaurantes McDonald’s, anunciou que a partir de 2025 comprará exclusivamente ovos produzidos por galinhas livres de gaiolas.

“Esta decisão reforça o compromisso da empresa com o bem estar animal e soma esta iniciativa às demais já existentes para outras espécies, como gado e frango”, informou em nota.

A Arcos Dorados informou que trabalhará com produtores, fornecedores e especialistas em comportamento animal para auxiliar os produtores na transição, assegurando que o abastecimento dos restaurantes da América Latina não seja afetado.

O movimento na América Latina segue o compromisso da McDonald’s Corporation de comprar ovos de galinhas livres de gaiolas a partir de 2025 também nos Estados Unidos e Canadá.

A iniciativa da Arcos Dorados recebeu apoio da Humane Society International (HSI), organização global de proteção aos animais.


Outras mudanças

Em agosto, o McDonald’s concluiu uma mudança em sua cadeia de fornecimento nos Estados Unidos para usar apenas carne de frango criado livre de antibióticos.

No mesmo mês, a rede anunciou que iria substituir o xarope de milho de alta frutose por açúcar para simplificar seus ingredientes e satisfazer um público consumidor cada vez mais consciente.
Além disso, o McDonald’s lançou nuggets e alguns produtos para café da manhã livres de conservantes artificiais.

Outras redes

Em setembro passado, a rede de restaurantes Burger King também anunciou que até 2025 só vai comprar ovos e carne suína exclusivamente de criatórios que não utilizem gaiolas (no caso de aves) ou baias de confinamento nas maternidades (no caso de suínos).

A medida, tomada pela controladora da rede, a Restaurant Brands International (RBI), valerá para a América Latina. No Brasil, conforme a companhia, até o fim de 2016 haverá 480 pontos de venda em operação, segundo a Reuters.

No Brasil, recentemente, a BRF anunciou uma parceria da sua marca Sadia com o chef e ativista britânico Jamie Oliver que envolve 183 aviários de Goiás voltados ao bem-estar animal.

Para o projeto, a empresa adaptou granjas de integrados a padrões que atendem a exigências de bem-estar animal, com lotação reduzida dos aviários, instalação de sensores que medem a temperatura do ambiente, além de poleiros e camas de areia para as aves. Estas granjas não devem usar antibióticos na criação dos animais.

Com informações do G1

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