Celg: Campos Belos viveu nesta quarta-feira (5) o seu momento na pré-história



Por Jefferson Victor,


Quem estudou história antiga pode conhecer a evolução humana, passando pelo homem pitecantropo,  sinantropo e neandertal, ocasião em que a água para consumo era retirada dos rios e mares, a luz somente do sol e mais tarde a do fogo.


No período neolítico a comunicação passou a ser expressa através da técnica de gravar o cotidiano em ossos, pedras e madeiras, assim como começou a modelagem em argila.


Ontem, dia 04, a nossa querida Celg pode nos proporcionar a volta ao passado. 


Tivemos o privilégio de saber como viviam nossos antepassados sem a modernidade, sem energia elétrica, sem água encanada e completando esta lista, o celular e a internet.


Ela proporcionou um dia de férias coletivas, ninguém trabalhou. 


Todos puderam sentir o prazer de um clima tropical acima dos 35 graus e também proporcionou o encontro entre familiares da mesma casa, os quais não se viam há meses, em função da ocupação de cada um no uso dos dispositivos das redes sociais.


Que maravilha, somos todos gratos a essa concessionaria pelo bom momento que nos proporcionou.


Foram cerca de dez horas de muita alegria, lazer, conforto e principalmente uma oportunidade de mergulharmos na história antiga e logo depois retornarmos à realidade do mundo atual.


Há anos batemos na mesma tecla, a má prestação de serviços por parte da Celg.


Entra ano sai ano e a história se repete, apagões quase diários prejudicando a vida dos moradores da região.


Periodicamente a Celg promove reuniões na Câmara Municipal de Campos Belos, é um encontro regional em que os funcionários se deslocam de suas localidades em viaturas da empresa, com todas as despesas pagas, e a tônica das reuniões é sempre a mesma, “precisamos melhorar a qualidade de nosso atendimento”.


Parece que isto tem surtido um efeito rebote (contrário), pois é claro a involução desta prestadora, é visível que a cada dia piora a nossa situação com os constantes e inexplicáveis apagões.


Quando se busca uma informação oficial, o que se houve é que, no período da seca, foram investidos milhões em manutenção, que equipes trabalharam na manutenção de cruzetas, isoladores e desmatamento das margens das redes elétricas.


Mas as interrupções são constantes e oficiosamente se tem notícias de que os motivos são sempre os mesmos, árvores caídas, cruzetas e isoladores.
Não podemos de maneira alguma culpar os nossos servidores locais, aqui eles fazem o que é determinado por Goiânia, inclusive esta “manutenção” é realizada por empresas terceirizadas, e sabe-se lá como realizam tais empreitadas.


Usamos um pouco de ironia nesta matéria, como forma de chamar atenção dos dirigentes da Celg, para que procurem meios de amenizar estas interrupções, elas causam prejuízos materiais e desgastes emocionais, além de muito desconforto e indignação.


É impossível calcular o quanto se perde em um dia sem energia. Indústrias, bancos, repartições públicas e privadas deixam de funcionar ou funcionam precariamente neste período.


Esperamos que o grupo que arrematou a Celg invista em melhorias que possam resolver de vez este problema que já dura décadas e que tanto aborrecimento tem causados aos usuários desses serviços.

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