Feminicídio: Após fim do namoro, PM atira 14 vezes no rosto de ex

Uma mulher de 30 anos foi assassinada pelo ex-namorado a poucos metros de casa, em Itaquera, zona leste de São Paulo. O soldado da Polícia Militar, Márcio Lima, de 31 anos, desceu de repente de um carro estacionado e abordou a ex por volta das 22h30 da quarta-feira (11). O soldado empunhava uma pistola .40. Testemunhas contaram que a vítima chegou a dizer “deixa eu viver minha vida em paz”, antes de levar pelo menos 14 tiros, a maioria deles no rosto.


A universitária Janaína Mitiko namoro durante um ano e um mês com Márcio Lima, até decidir dar um fim à relação no Natal do ano passado. Os dois tinham acabado de retornar de uma viagem para o Ceará, mas familiares afirmam que a estudante vinha sofrendo ameaças e agressões.


Na manhã desta quinta-feira (12) familiares lavaram a calçada suja com o sangue de Janaína. Encontraram um brinco que a mulher usava no momento do crime e também guardaram em um saco plástico quatro dentes da vítima, presos com aparelho odontológico.


O soldado tentou várias vezes reatar o namoro. Horas antes de assassiná-la, ele telefonou para o cunhado da vítima, Henrique Novaes, de 35 anos, pedindo ajuda. 


Os dois conversaram cerca de quatro horas. “Pede para ela voltar comigo, senão eu vou fazer besteira. Me ajuda. Eu vou matar ela”, teria dito o PM. Novaes disse que chegou aconselhar o soldado a deixar Janaína de lado e se concentrar nas preparações das competições, pois ele é lutador de jiu-jitsu. “Fiquei segurando ele no celular, mas ele me enganou. Pelo horário da ligação, ele já estava esperando ela chegar”, disse Henrique.  


Segundo a Polícia Civil, Márcio Lima trabalhava no setor de inteligência da PM e se apresentou na 1.ª Companhia do 39.° Batalhão Metropolitano  (BPM/M), onde foi preso em flagrante por homicídio doloso. O criminoso vai responder a três qualificadoras: motivo torpe, recurso que impossibilitou defesa da vítima e feminicídio. O soldado ficou em silêncio durante interrogatório e foi conduzido ao Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.


As investigações descobriram que o veículo onde o assassino estava aguardando a chegada de Janaína era registrado no nome da vítima.


Fonte: Agência Estado

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