Crise na segurança pública chega a um momento muito delicado

Por quase 20 anos integrei o Corpo do Exército Brasileiro e fico até arrepiado quando ouço a comunidade, os populares, cantando “O Exército Chegouu”, como se pode ouvir no vídeo acima. 


Isso demostra a credibilidade que a Instituição possui junto ao povo brasileiro. 


Mas não era isso que o país precisava.  Não era esse país que nós imaginávamos para 2017. 


O Exército é para guerra e defesa externa e não para a segurança pública.


Infelizmente, as Forças Armadas são o último bastião na hora dessas crises de segurança pública, que tem se tornado uma rotina nos diversos estados. 


Mas o Exército não vai resolver. 


Há crise nas polícias, dentro dos presídios, na execução penal; o crime organizado está estendo seus tentáculos em todos os cantos; invasão das drogas e crimes correlatos destroem famílias em todos os rincões e apavora milhões de brasileiros; homicídios agora são uma rotina pesada. 


Em realidade, as pessoas de bem estão cercadas de horrores. 

O crime organizado no âmbito do colarinho branco, se não nos surpreende, nos deixa de queixos caídos, com envolvimento de prefeitos, deputados, senadores, secretários, ministros, vereadores, governadores e até presidente da República. 


Na parte de baixo do extrato social, ladrões e assaltantes, inclusive menores, têm feito a farra. 


É uma crise gigantesca em que o único refém são as pessoas de bem.  


De quem é a culpa por essa desgraceira toda?


Tem muitos culpados e a situação é muito complexa. 


Mas arrisco a dizer que grande parte da culpa está nas mãos dos políticos do nosso país, que são incompetentes, desonestos, ambiciosos e estão pouco se lixando para a sociedade e assim como boa parte também das pessoas que integram essa mesma sociedade. 


Temo que a situação na segurança pública ainda deve piorar e muito. Nas grandes e também nas pequenas cidades. 


Vide o caso do assalto na Tonis Ótica, em Campos Belos, uma cidade de 20 mil habitantes. 


As notícias de Recife, de ontem para, hoje também não são boas. As famílias estão reféns dentro de casa, com dificuldades até para trabalhar. 


Tá complicado…

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