Fazenda de R$ 46 milhões, em São Domingos (GO), motivou execução de advogados em Goiânia
A disputa por uma fazenda no valor de R$ 46,7 milhões pode ter motivado morte dos advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, no último dia 28, no escritório deles, no Setor Aeroporto, em Goiânia.
A terra fica na divisa de Goiás com a Bahia, na região de São Domingos, Nordeste do Estado goiano.
Outro ponto apontado na sentença em desfavor dos Castelli foi o fato de terem usado a terra durante anos, mesmo depois de o Poder Judiciário ter proibido benfeitorias nas terras em 2002.
A defesa da família Castelli também chegou a pedir o usucapião da terra, ou seja, o direito de propriedade por conta do tempo que já estavam nela.
Além de negar o pagamento das benfeitorias e dar o direito de reintegração de posse para Wypich, a sentença de 2019 obriga a família Castelli a pagar as custas e despesas processuais e os honorários dos advogados da parte vencedora, no caso, as vítimas Marcus e Frank.
Nei chegou à Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), em Goiânia, escoltado pela Polícia Civil por volta das 20 horas desta terça-feira.
Dentre os supostos envolvidos no crime, estão um homem e uma mulher presos no Tocantins no último dia 9.
O delegado responsável pelas investigações, Rhaniel Almeida, participou da prisão do suposto mandante em Catalão. Ele e o titular da DIH, Rilmo Braga, devem falar mais detalhes da operação em uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (18).
Reconhecimento
Em nota pública, a Associação dos Magistrados em Goiás (Asmego) parabenizou a Polícia Civil pela prisão dos supostos autores do crime. Na nota são citados o secretário de Segurança Publica, Rodney Miranda, e o delegado geral, Odair Soares.
Os assassinatos a tiros dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, foram encomendados por R$ 100 mil, caso os executores ficassem impunes, e R$ 500 mil caso fossem presos.
Antes, no dia 9 de novembro, um homem e uma mulher foram presos em Porto Nacional e Palmas, no Tocantins, suspeitos de ter sido os intermediários com os matadores.
De acordo com a Polícia Civil, o casal teria confessado a participação no crime com detalhes. Um deles teria dado carona para os dois pistoleiros até Goiânia, onde cometeram os assassinatos.
Responsável pela execução e por dar os tiros que mataram os advogados na tarde do dia 28 de outubro, no Setor Aeroporto, segundo a Polícia Civil, Pedro Henrique Martins Soares, de 25 anos, foi preso pela Polícia Civil em Porto Nacional (TO) no dia 30 de outubro.
Ainda segundo as investigações, antes de morrer, as vítimas chegaram a manter conversas por mensagens em que diziam ter receio de morrer por ordem do mandante preso. A suspeita de que as mortes poderiam ter relação com a atuação profissional foi levantada desde o dia do ocorrido.
No dia do crime, os dois suspeitos chegaram ao escritório dos defensores sem horário marcado para aquela data.
Depois de levados para a sala de atendimentos, onde Frank já estava trabalhando, um deles teria pedido uma quantia em dinheiro. Marcus teria dado R$ 2 mil em espécie, mas eles ainda ordenaram que os dois ficassem de costas e atiraram.
Um comentário em “Fazenda de R$ 46 milhões, em São Domingos (GO), motivou execução de advogados em Goiânia”
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Nem uma ação coaduna com o crime, mas para quem a história desse imbróglio e a venda de sentença de terras nessa região, verem reportagem do Fantástico, e ainda a humilhação que foi submetida às famílias (mulheres, crianças) que compraram e desbravou a fazenda, fazendo investimentos elevadíssimos, ai o cara surta por não acreditar na justiça que diz que os donos não são donos e ainda determina que o seu patrimônio sirva de espólio para pagar honorários advocatícios auferidos em 10% do valor do imóvel, que a própria justiça lhes negou a titularidade, qualquer ser humano surtaria e teria uma mudança de personalidade brusca. Essa moeda tem cara e coroa. Os concurceiros que atuam no poder judiciário deveriam pensar em mudar os protocolos da justiça, no cumprimento de certas ordens judiciais, as forças opressoras atuam como milicianos, provocando tortura moral e psicológica, a OAB deixar que deixar de ser corporativistas, e deveria atuar mais no sentindo de buscar mudanças na aplicação dos protocolos da justiça brasileira.