Campos Belos: após a alegria da chuva, tristeza volta a abater comunidade, com falta de luz por quase 24 horas

A região nordeste de Goiás, onde está também localizada a cidade de Campos Belos, sempre foi conhecida como o “corredor da miséria”, principalmente pela falta de atenção do governo do estado.


O governo sempre deixou aquele espaço desamparado e as pessoas caminhando, na maioria das vezes, com suas próprias pernas: nada de incetivos fiscais, infraestrutura, educação, saúde, incentivo ao trabalho e ao comércio, ao campo.


Uma das heranças macabras desse desleixo histórico é a questão da péssima cobertura da rede elétrica. 


A Celg, agora vendida, nunca foi capaz de levar um serviço de qualidade para as cidades do nordeste de Goiás. 


Por décadas, a comunidade amargou ininterruptos apagões, com prejuízos compartilhados nas residências, no comércio e na área rural. 


Este ano, após uma intensa seca e prolongada estiagem, o que mais as pessoas queriam era a volta da chuva, que demorou a cair. 


Só ontem, 7 de novembro, a bênção caiu com a força desejada. 


Mas o que era para ser uma grande fonte de felicidade, se tornou a causa de um pesadelo. Com a rede elétrica precária, bastou uma chuva mais forte para que o fornecimento da energia elétrica fosse totalmente interrompido. 


A falta de luz já dura quase 24 horas e nada. A Celg, mesmo sendo agora uma multinacional, não é capaz de resolver o incidente que deu causa à interrupção. 


Os prejuízos, financeiros e emocionais, são enormes: hospitais em atendimento precário, à base do gerador, supermercados e açougues com carnes e produtos que precisam de refrigeração apodrecendo; padarias e sorveterias assistindo produtos perecíveis se desmanchando em perdas.


Na zona rural, chocadeiras e pinteiras das granjas em apuros; bombas de água paradas; bebedouros de gado e caixas de água secos. 


Em casa, os impactos são até emocionais. Nada de internet, de telefone celular, trabalhos escolares interrompidos, cartórios e serviços burocráticos paralisados. 


Enfim, um horror.  A comunidade pede socorro emergencialmente.   

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