Radialista é morto a tiros dentro de casa no interior de Goiás. Mais um profissional, um pai de família e jornalista morto por criticar políticos
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Um radialista do município de Edealina, sul do estado de Goiás, foi morto a tiros na noite de ontem (17).
Segundo informações preliminares da Polícia Militar, o homem foi atingido por vários disparos de arma de fogo.
A vítima trabalhava como radialista em uma rádio da região. Não há informações sobre a autoria e motivação do crime.
De acordo com informações, o comunicador Jefferson Pureza, de 39 anos, estaria na área externa de sua casa, juntamente com uma mulher, quando dois suspeitos encapuzados chegaram em uma moto e dispararam várias vezes contra o locutor.
A PM informou que Jefferson tinha um programa na rádio Beira Rio, onde falava sobre as autoridades da região. Segundo o delegado responsável, Queopes Barreto, o discurso do radialista não agradava os governantes locais.
Há cerca de três meses, a rádio onde Jefferson trabalhava foi incendiada durante a madrugada, mas até hoje não há informações sobre a autoria do crime.
Os suspeitos pela por morte do radialista ainda não foram identificados.
Fonte: O Popular
Comentário deste blogueiro
Está cada vez mais perigoso se fazer jornalismo neste país.
Aqui se mata jornalista e profissionais de imprensa mais do que países em guerra.
A grande maioria das execuções são ações comandadas, adivinhem, por políticos.
Jefferson Pureza fazia duras críticas a políticos. “Segundo o delegado responsável, Queopes Barreto, o discurso do radialista não agradava os governantes locais”.
O fato é que em grande parte das cidades brasileiras, os políticos são as verdadeiras organizações criminosas, altamente perigosas, que mandam matar quem atravessa seu caminho, sem nenhuma piedade.
E esse “atravessar o caminho”, na maioria das vezes, são as denúncias de malversação do dinheiro público.
Seu dinheiro, meu dinheiro, nosso dinheiro, que deveria ser usado em benefício da comunidade, da saúde, da escola, do combate ao uso de drogas, mas são desviados por organizações criminosas que se apossaram do poder público e mandam até matar.
A que ponto o nosso o país chegou!
Será que é o jornalista tem que andar com segurança ou até mesmo armado para se proteger de “políticos”?
Depois dizem que a imprensa está criminalizando a política e os políticos.
Não precisa, pelo que se apresenta.
A polícia goiana tem o dever de apurar imediatamente e prender com urgência os assassinos e os mandantes da morte do radialista da cidade de Edealina, Jefferson Pureza.

