Superbactéria: Campos-belense Edineuza precisa da ajuda em Goiânia, mas é rejeitada por hospitais
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A campos-belense Edineusa Pereira está numa situação muita delicada em Goiânia, a capital do estado.
Há anos, ela sofre com uma infecção urinária, que atingiu os rins. Mesmo depois de muitas idas e vindas a hospitais de Campos Belos e da capital, nunca conseguiu uma cura.
Hoje sofre com as consequências da falta de um atendimento digno, humano, eficiente e honesto.
A infeção agora está empestada por superbactérias, que não é combatida por qualquer antibiótico.
Elas se tornaram resistentes e agora é um grande problema para a paciente e também para a saúde pública.
Por causa disso, necessita de um hospital especializado, inclusive com leito isolado. A bronca é que os hospitais de Goiânia não querem recebê-la.
“Estou muito nova para morrer”, apela Edileusa em entrevista à jornalista da TV Anhanguera, que se sensibilizou com o drama vivido pela campos-belense.
Falta de apoio do governo municipal
Sei que Campos Belos, assim como outros municípios da região, possui uma casa de apoio na capital Goiânia. Mas isso é insuficiente. Não basta ter uma casa de apoio.
Nessas casas de apoio há que ter pessoas, carros e dinheiro à disposição. Servidores públicos que conheçam hospitais, clínicas, pessoas e que entendam de burocracia.
O caso de Edineusa é emblemático. Ela é uma pessoa especial e mais do que nunca precisa de ajuda, não apenas hospitalar.
Outros casos mostram que o dela não é isolado.
As gêmeas siamesas são outro exemplo claro.
Se elas tivessem permanecidas nessa casa de apoio, já que o caso delas era extremamente delicado, quem sabe estariam vivas hoje.
No entanto, voltaram para Campos Belos, onde não há hospitais especializados.
Outro caso é o da mulher do radialista Edmar Cardoso. Um câncer agressivo como dela não pode esperar. Há que se ter apoio. E não apenas hospitalar.
A prefeitura de Campos Belos, assim como outras da nossa região, tem que urgentemente traçar um plano e executar estratégias no sentido de propiciar mais apoio a esses pacientes (e acompanhantes), que são carentes, não têm recursos e nem conhecimentos necessários para esses desafios de doenças graves, crônicas e de tratamento caro.
Nós, a comunidade, temos que fazer pressão para que os órgãos públicos municipais façam sua parte. Isso não é um favor. É uma obrigação.
Numa sociedade civilizada e inteligente, os fortes têm que cuidar dos mais fracos.
A vida dá voltas, muitas voltas.
Quem sabe os fortes de hoje não serão os fracos de amanhã?