Feminicídio em Brasília: PM que matou ex-namorada no DF está na Papuda
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O policial militar Ronan Menezes Rego, identificado por testemunhas como autor dos cinco tiros disparados conta Jessyka Lainara, ex-namorada dele, morta dentro de casa na tarde desta sexta-feira (4), em Ceilândia, no Distrito Federal, está preso na Penitenciária da Papuda.
Rego se apresentou por volta das 22h de sexta, juntamente com a advogada, no Batalhão da PM de Ceilândia.
De acordo com a Polícia Militar, ele foi levado à delegacia da cidade onde foi preso e conduzido, em flagrante, para o 19º Batalhão que fica no Complexo da Papuda. Conhecido como “Papudinha” o local abriga policiais que cometeram crimes.
Jessyka Lainara, de 25 anos, segundo a família, foi morta por ciúmes. O soldado não aceitava o fim do relacionamento.
O PM, que tinha acesso à casa onde a jovem morava, entrou no imóvel durante a tarde de sexta-feira, foi até o quarto da ex-namorada – ignorando a presença da mãe, da avó e dos irmãos da vítima – e atirou contra ela.
Depois, conforme testemunhas, o policial foi até a academia frequentada por Jessyka e atirou no professor Pedro Henrique Torres que foi levado em estado grave para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
Torres, que passou por uma cirurgia ainda na sexta-feira, continua internado na UTI.
O pai do rapaz, Pedro Torres, é dono da academia onde o filho foi baleado. Segundo ele, o professor conhecido como “Pedrinho” e Jessyka estavam flertando há cerca de um mês – quando ela e o PM Ronan Menezes Rego já haviam se separado.
Jessyka pediu ajuda
Jéssika era estudante e, conforme a família, havia passado recentemente em um concurso.
Logo após o assassinato, uma amiga dela disse ao G1 que a jovem temia pela própria vida há pelo menos duas semanas.
O namoro de Jessyka e Ronan começou quando ela tinha 13 anos. A família conta que eles chegaram a ficar noivos em 2012, mas o relacionamento terminou porque o PM era “excessivamente ciumento”.
Um primo da estudante, Leonardo Silva, afirmou ao G1 que as brigas eram frequentes e a família tinha medo do policial.
Elaine Maria, tia de Jessyka afirma que, no mês passado, o PM protagonizou uma briga com a sobrinha, e chegou a invadir a casa dela durante a madrugada. Segundo ela, não foi o primeiro caso de feminicídio na família.
O soldado da Polícia Militar Ronan Menezes, lotado no Grupo Tático Operacional (GTop) do 10º Batalhão de Ceilândia, matou a ex-namorada com cinco tiros, por volta das 14h, na QNO 15. Jéssyka Lainara Silva, de 25 anos, morreu ainda no local.
Após o crime, o militar seguiu para uma academia na EQNO 2/4, onde efetuou três disparos contra um professor. A vítima, identificada como Pedro Henrique da Silva Torres, de 29 anos, foi atingido no peito, na mão e na perna.
O professor foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia.