CRM determina interdição ética do Hospital de Dianópolis e orienta atuação dos profissionais


O Hospital Regional de Dianópolis é alvo de uma interdição ética determinada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-TO), por irregularidades apontadas durante vistoria realizada na unidade. 


A determinação, que começa a valer a partir desta quinta-feira, interdita o exercício da medicina no Centro Cirúrgico e Obstétrico e a presidente do Conselho, Jussara Martins Oliveira, se reunirá com os médicos para orientar sobre atuação profissional após a interdição.

O Conselho explica que “não é dono da chave do estabelecimento”, e por isso, tem somente o poder de oficializar a interdição ética e orientar os médicos como atuar. 


“Pacientes internados deverão ser assistidos até sua alta, é obrigatório atendimento da urgência e emergência e se necessário internação, mas o local passará a ser uma questão administrativa”, orientou a entidade.

Atuação médica

Os médicos são orientados pelo CRM-TO para que, caso precisem utilizar o centro cirúrgico e obstétrico, que escrevam no prontuário do paciente, diagnóstico, prognóstico, todos os procedimentos realizados, além de descrever detalhadamente todas as situações de dificuldades presentes no Hospital. 


“Toda orientação esta na resolução CRM-TO, número 100/2018, afixada nos locais interditados”, pontua a entidade.

Sem mudanças

Entre os problemas presentes na unidade, estão as deficiências na infraestrutura física, a falta de aparelhos e outras irregularidades, como escala de plantões médicos incompleta.

Segundo o CRM-TO, foi constatado na última visita à unidade que nenhuma mudança conforme orientação anterior foi implementada e que a escala dos plantões continua comprometida. 


“O Hospital que atua como porta aberta tem trabalhado com no máximo dois médicos de plantão por dia, além de insuficiente a prática é desumana e desrespeitosa para com os pacientes e profissionais médicos”, finaliza.

Sesau

Através de nota emitida a este veículo, a Secretaria de Estado da Saúde disse que dos 95 itens listados pelo CRM-TO no relatório de fiscalização, “56 já foram sanados, cinco estão em processo de licitação e os demais em andamento ou não se aplicam”.

Já em relação aos exames laboratoriais, o órgão disse que irá providenciar nos próximos dias procedimento de compra direta por 30 dias, obedecendo a tabela SUS. Não especificou quando.

Quanto aos médicos, a Secretaria afirma que determinou ao diretor do hospital que realize contato com os profissionais contratado pela empresa terceirizada a fim de solucionar o problema.

A nota finaliza revelando que o Estado tem até 30 dias para atender as recomendações, conforme estabelecido em audiência.


Fonte: Jornal do TO

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