TRE condena ex-prefeitos de São Domingos e Iaciara por ilegalidades durante eleições em 2013


Na última sexta-feira (29/6), a Justiça Eleitoral condenou o ex-prefeito de São Domingos Gervásio Gonçalves da Silva (PRTB) a 7 anos, 6 meses e 7 dias de prisão por corrupção e transporte ilegal de eleitores durante as eleições suplementares do município ocorridas em julho de 2013. 


No mesmo processo, a juíza Thaís Monteiro, sentenciou também o ex-prefeito de Iaciara, Adão Luiz Ribeiro dos Santos (PSDB) a 4 anos e 6 meses de detenção; e o ex-vereador de São Domingos, João de Lú (PDT) a 4 anos e 3 meses de reclusão; ambos por transporte ilegal de eleitores.

Os crimes, de acordo com o Ministério Público foram cometidos para beneficiar Etélia Vanja Moreira Gonçalves (PDT), mulher de Gervásio, que disputava a prefeitura de São Domingos. 


Também foram apenados Deusmar Gonçalves da Silva e Nolberto Gonçalves Silva por relação com crimes cometidos por Gervásio e João de Lú. 

Deusmar foi condenado a cumprir 4 anos e 3 meses de prisão pelo transporte ilegal de eleitores, enquanto Nolberto teve a pena privativa de liberdade substituída por multa e prestação pecuniária pelo crime de corrução eleitoral.

Consta nos autos que o então candidato a prefeito Gervásio prometeu dinheiro e/ou gasolina a pelo menos quatro eleitores para que estes confirmassem voto em favor de sua esposa, Etélia Vanja Moreira Gonçalves (PDT), naquelas eleições. 


Em um dos casos, no dia 20/6, ele prometeu a uma mulher que depositaria R$ 300 na conta de sua tia, Eliza Martins dos Anjos. 

Em outra oportunidade, no dia das eleições, prometeu gasolina a um eleitor identificado como Ricardo Castro, para que este retornasse à Goiânia após ter votado na candidata Etélia, conforme a indicação do ex-prefeito.

Em conluio com Gervásio, Adão, por sua vez, contratou um ônibus com capacidade para 37 passageiros para transportar eleitores que estavam em Goiânia. 


O objetivo era de que estes participassem das eleições de São Domingos, quando votariam em Etélia. O transporte, segundo o apurado, ocorreu no dia do pleito: 7 de julho daquele ano.

Na decisão, a magistrada reforça que Etélia era uma das principais candidatas ao pelito e que os condenados agiram com Gervásio, por meios ilícitos, para garantir a eleição da mulher. 


“Este [Gervásio], por sua vez, com a colaboração de João de Lú, participou ativamente da campanha eleitoral de sua esposa. Os demais denunciados, segundo relato ministerial, teriam, em momentos pontuais, atuado na promoção da candidatura de Etélia”.

O Mais Goiás tentou contato com o promotor Douglas Chegury, responsável pela acusação, mas os telefonemas não foram completados. 


Embora não tenha obtido êxito, esta redação também tentou obter contatos dos condenados.

Fonte e texto: Mais Goiás

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